Ambiente |
A actividade de manutenção de jardins origina
anualmente milhares de litros de resíduos orgânicos de materiais
vegetais que a Jardicentro recolhe e processa numa pequena unidade de
compostagem.
Através do processo de degradação biológica dos resíduos produz-se uma substância húmica que é depois reutilizada pela Jardicentro na correcção de solos, incorporação de matéria orgânica ou até como "terriço" para envasar plantas em viveiro. Os resíduos são depositados diariamente na pilha de compostagem. Apenas os materiais biodegradáveis são recolhidos. Materiais como plásticos, vidros, metais e borracha não são depositados. Os materiais orgânicos são originários das operações de manutenção de jardins e a maioria apresenta já uma reduzida dimensão o que tem vantagens na sua degradação. Os materiais de maiores dimensões são mais lentamente biodegradados. A compostagem efectua-se ao ar livre, dependente das condições
ambientais. No Inverno a decomposição dos resíduos
é bastante inferior mas os produtos originados são mais
ricos em azoto. Existindo boa oxigenação dos materiais e
humidades constantes, as taxas de degradação do carbono
são mais elevadas. No final do processo obtém-se um composto
estável com grande capacidade de retenção de água,
utilizável na correcção de solos. De um modo geral, a decomposição dos resíduos de jardinagem passa pelas seguintes fases, desde que se inicia o processo de fermentação aeróbia (em que intervêm microorganismos consumidores de oxigénio): " Fase Mesófila: " Fase Termófila: " Arrefecimento: " Maturação:
Após a fase de degradação dos materiais e maturação, deverá obter-se um composto estável com cor preta ou escura, elevada capacidade de retenção de humidade e de troca catiónica, ausência de odores, ausência de organismos patogénicos e fraca razão C/N (razão carbono/azoto) devido à diminuição do teor de carbono degradado.
Na fase final de maturação o composto pode ser utilizado para aumentar o teor de matéria orgânica de solos. A incorporação do composto trará vantagens no aumento da fertilidade do solo, da capacidade de retenção de água e de troca catiónica, entre outras. A Jardicentro utiliza também, particularmente em floreiras de exterior e interior, um composto estável proveniente da degradação de resíduos orgânicos por anelídeos, vulgarmente conhecido como "húmus de minhoca".
A correcção de solos permite, por exemplo, alterar os valores de pH, aumentando ou diminuindo a acidez ou a alcalinidade, consoante os casos específicos ou aumentar a permeabilidade num solo franco-argiloso. Nalguns casos, a incorporação de areia ou matéria orgânica pode ser feita directamente no próprio jardim.
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